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UFSCar lidera o Ranking do Acesso à Informação das Universidades federais

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UFSCar tem os melhor desempenho em 2015; Menos de 8% das universidades federais cumprem a lei de acesso à informação integralmente

UFSCar cursosA UFSCar lidera o ranking da transparência. A abertura das informações é prerrogativa para as organizações que pautam a gestão de qualidade, assim o acesso à informação deve ser tratado como princípio.

No entanto, dados consolidados de atendimento no e-SIC (Serviço de Informação ao Cidadão) apontam que há um longo caminho a percorrer para alcançar a excelência. Menos de 8% das universidades federais, ou seja, cinco das  63 instituições, cumprem a lei de acesso à informação integralmente.

Para classificar as universidades com o melhor atendimento foram considerados três critérios:

  1. Respostas aos pedidos de informação;
  2. Prorrogações de prazo; e
  3. Tempo de resposta (dias/média). O intuito é apresentar um quadro geral de atendimento do e-SIC nas universidades federais.  

O ranking foi organizado pelo jornalista Cristiano Alvarenga, e dá continuidade à pesquisa iniciada no curso de mestrado em Comunicação da Universidade Estadual Paulista (Unesp), “Gestão da comunicação das Universidades Federais: mapeamento das ações e omissões”.

UFSCAR na liderança

UFSCar, UFT, UFSM, UFCA e UFOPA SÃO DESTAQUES

A UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) alcançou o melhor índice de atendimento no e-SIC em 2015. A Universidade respondeu todos os 119 pedidos de informação em 2015, não prorrogou o prazo de nenhum pedido e o tempo de resposta foi em média de 9,35 dias.

O segundo lugar ficou a Universidade Federal do Tocantins (UFT), que também respondeu todas as solicitações sem prorrogar o prazo, mas com média de resposta um pouco superior, 9,51 dias.

As universidades federais de Santa Maria (UFSM), do Cariri (UFCA)  e do Oeste do Pará (UFOPA) completam a lista das cinco  instituições que responderam todos os pedidos, sem prorrogação, e dentro do prazo previsto pela legislação, de até 20 dias para resposta.




UFRA, UFBA, UFRR e, principalmente, a UFPA: números preocupantes

Por outro lado há instituições que estão distantes da excelência. A Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) é a instituição que menos respondeu às solicitações. Apenas 14,49% dos pedidos de informações foram atendidos.

O tempo de resposta é outro ponto de dificuldade. Três instituições demoram mais de 100 dias para responder aos pedidos.

A UFBA (Universidade Federal da Bahia) responde em média em 119,55 dias e a Universidade Federal de Roraima (UFRR) em 132,02. Mas quem lidera o ranking da falta de agilidade é a UFPA com alarmantes 241,27 dias, em média, para dar resposta aos solicitantes.

O prazo estabelecido na legislação, de 20 dias, não é cumprido, na média, por 24 universidades. Se considerarmos a possibilidade de prorrogação do prazo, com acréscimo de 10 dias e totalizando 30, ainda sim 15 universidades extrapolam o limite estabelecido.


UFRJ tem maior demanda no e-SIC

No total foram enviados 6.602 pedidos de informação para as 63 universidades federais, o que equivale a 104,79 pedidos em média por instituição. A UFRJ (Universidade Federal de Rio de Janeiro) recebeu o maior número de pedidos, 352, em contrapartida a Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) recebeu apenas nove solicitações em 2015.

Foram respondidos 6.355 pedidos, ou seja, média de 100,87 por universidade. As solicitações  prorrogadas 788 (média de 12,51).

  • O tempo médio de resposta das universidades federais é de 26,93 dias, o que ultrapassa o limite inicial previsto de 20 dias.
  • 46 instituições responderam a todos os pedidos de informação.
  • 13 universidades não solicitaram prorrogação de prazo.

Série de pesquisas – Transparência, Informação e Comunicação das Universidades Federais

Além da pesquisa sobre o SIC, outros dados serão apresentados para mapear a comunicação nas universidades federais. Semanalmente, serão publicados dados relacionados à gestão da comunicação. A série “Transparência, Informação e Comunicação das Universidades Federais” será publicada  conforme temáticas e o cronograma de divulgação abaixo


  1. Audiência das Universidades Federais no Facebook (19/09)

  2. Transparência – Ranking do Acesso à informação (20/09)

  3. Audiência dos portais institucionais (21/09)

  4. Caminho até os portais institucionais (22/09)

  5. Os profissionais de comunicação nas universidades federais (23/09)

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3 Comments

3 Comments

  1. Melhores do Enem

    24 de dezembro de 2016 at 14:34

    Excelente post! Realmente falta agilidade e mais transparência no Serviço Publico.

  2. RUTH

    14 de agosto de 2017 at 16:51

    Eu analisei este relatório (rapidamente) e observei que este índice tem uma falha: Considerando a legislação vigente, que prevê a resposta em 20 dias com possibilidade de apenas uma prorrogação. Não lhe parece que é mais honesto com o cidadão fazer prorrogação do que não cumprir os prazos e cumprir o prazo na prorrogação, do que não prorrogar e demorar mais de 20 dias para responder. A Legislação é clara quanto a isso e este índice não considera este aspecto.

  3. Pingback: Raio-X dos setores de comunicação das universidades federais – COGECOM

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Qual o voto do seu vizinho? Veja resultado do primeiro turno da eleição presidencial por bairro

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Você sabe como foram distribuídos os votos das eleições presidenciais em Uberlândia? Confira infográfico com a distribuição de votos por bairro na maior cidade do interior de Minas Gerais.

 

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Dados sobre a Raça / Etnia dos Servidores Públicos em Pauta

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Confira dados sobre os servidores públicos federais por instituição. A visualização foi criada a partir de pedido de informações via plataforma FALA.BR

 

Os dados são baseados nas informações contidas no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE) e foram tabulados pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).

 

 

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Cor, Raça e Remuneração no mundo do trabalho: realidade brasileira pelo olhar da RAIS

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Há distinção de remuneração salarial dos trabalhadores por conta da cor da pele? Os cargos com exigência de formação superior explicitam alguma diferenciação? E no mercado de Comunicação Social, informações de raça e cor influenciam no rendimento dos trabalhadores?

Para tentar responder estas questões é preciso “mergulhar” nos dados disponibilizados na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) que, por sua abrangência, é conhecido como o Censo do Mercado de Trabalho Brasileiro.

Entendendo a RAIS (e o CAGED)

É por meio da RAIS que o governo brasileiro obtém informações que visam auxiliar a gestão do setor do trabalho, realizar pagamento de abonos e calcular possíveis benefícios sociais.

Os dados disponibilizados na RAIS são fornecidos pelos empregadores a partir de cadastros individualizados dos trabalhadores. 

Informações relacionadas à ocupação, remuneração, faixa etária, localidade e formação são disponibilizadas publicamente, com periodicidade anual. 

Aliás, a periodicidade é um dos itens que diferenciam a RAIS de outro importante indicador do mercado de trabalho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

O CAGED é contabilizado diariamente e seus dados publicados mensalmente. Todas as contratações e demissões devem ser registradas pelos empregadores e servem de parâmetro para avaliação da economia brasileira.

Diferentemente da RAIS, quando todos os trabalhadores são incluídos, no CAGED os dados são restritos aos trabalhadores contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Cor/Raça e a remuneração dos trabalhadores brasileiros

Agora que entendemos um pouco sobre a RAIS, é preciso relacionar as informações disponibilizadas com as questões levantadas no início do texto.

Na pesquisa da RAIS os dados sobre etnia são apresentados no item “Cor/Raça”, com as seguintes opções de preenchimento:

  • Indígena – para a pessoa que se enquadrar como indígena ou índia.
  • Branca – para a pessoa que se enquadrar como branca.
  • Preta/negra – para a pessoa que se enquadrar como preta.
  • Amarela – para a pessoa que se enquadrar como de raça amarela (de origem japonesa, chinesa, coreana, etc.).
  • Parda – para a pessoa que se enquadrar como parda ou se declarar como mulata, cabocla, cafuza, mameluca ou mestiça de preto com pessoa de outra cor ou raça.
  • Não informado.

Considerando as cinco opções de cadastro (o que não inclui os não identificados), a média salarial dos trabalhadores que atuam no Brasil (incluindo os estrangeiros que laboram no país) é de R$ 2.566,45. No entanto, quando é realizada a distinção por Cor/Raça percebe-se que indígenas, pardos e pretos têm remuneração média inferior. Amarelos e brancos têm os maiores rendimentos médios.

Para cargos vinculados à direção a situação se mantém, inclusive com a ampliação das diferenças no quesito remuneração por Cor/Raça. Amarelos e Brancos recebem os maiores salários, e os brancos ocupam a maioria absoluta das vagas (79,69%). As pessoas pretas recebem, em média, o menor salário, e tem uma representação de apenas 1,95% dos cargos.

 

Já a remuneração para áreas específicas do setor de Comunicação que exigem formação superior, as pessoas brancas ocupam a maioria das vagas e média de remuneração acima de pessoas pardas e negras. Embora haja outras ocupações vinculadas à Comunicação cadastradas na RAIS, optei por apresentar quatro carreiras (Jornalista, Agente Publicitário, Relações Públicas e Repórter de Rádio e TV) para exemplificar como está o quadro de remuneração em relação à cor/raça dos trabalhadores.

[URIS id=2300]

Para finalizar, apresento um infográfico dinâmico que possibilita fazer outras pesquisas relacionadas à remuneração vinculadas à cor/raça. É possível verificar os dados de uma ocupação específica ou ainda acessar os dados gerais de remuneração de um município. É possível ir além, fazer comparativos por gênero, tipo de vínculo (CLT, Estatutário ou Temporário) ou natureza jurídica do empregador (poder execultivo, legislativo ou judiciário, por exemplo).

 

 

Vale resssaltar que a análise dos dados de cor/raça dos trabalhadores vinculados ao regime estatutário, notadamente no serviço público federal, estão prejudicados pela ausência de informação prestada pelos empregadores. É alto o índice de dados de etnia não informados, fato que esperamos não ocorrer na próxima publicação da RAIS (ano base 2020) que será divulgada em novembro de 2021.

Quer contribuir com a pesquisa? Ficou com alguma dúvida sobre a utilização do infográfico dinâmico? Encaminhe mensagem para [email protected] .

P.S: Os dados disponibilizados neste artigo são referentes à RAIS – Ano Base 2019 (divulgada em outubro de 2020).

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