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Pesquisa

Raio-X dos setores de comunicação das universidades federais

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Pesquisa apresenta quadro geral dos servidores que atuam na comunicação

raioxcomunicaNa última publicação da série “Transparência, Informação e Comunicação nas Universidades Federais” o tema é a estrutura de recursos humanos das instituições. A pesquisa apresenta o quadro de profissionais de comunicação que compõem os setores de comunicação e qual o perfil dos líderes destas equipes. O estudo foi fundamentado apenas em servidores efetivos e eventuais cargos comissionados nas funções de chefia. Assim, os dados não apresentam a quantidade de estagiários e funcionários terceirizados ou vinculados às fundações.

São apresentados os números de profissionais que habitualmente compõem os setores de comunicação, no entanto, a ênfase da pesquisa está restrita a três cargos: 1) Jornalista;  2) Relações Públicas e; 3) Publicitários. A intenção é apresentar um quadro geral de presença destes profissionais, contribuir para evidenciar eventuais lacunas e amparar possíveis ajustes na distribuição das equipes.

A pesquisa foi organizada pelo jornalista Cristiano Alvarenga e foi fundamentada em informações disponibilizadas no Portal Brasileiro de Dados Abertos e nos sites  institucionais das universidades.

Jornalistas são maioria

Das 63 instituições pesquisadas apenas a Universidade Federal do Cariri (UFCA) não apresenta profissional cadastrado no Portal Transparência, isso porque muitos servidores ainda estão vinculados à Universidade Federal do Ceará (UFC), apesar de exercerem a atividade na UFCA.

Os jornalistas são maioria absoluta, com 81,5% das vagas em comparação com Relações Públicas (13,8%) e Publicitários (4,7%). Essas três áreas totalizam 465 vagas. Considerando outros profissionais vinculados à área de comunicação o número chega a 1.022.

Os dados demonstram que as equipes de comunicação estão incompletas em grande parte das instituições. Apenas 15 universidades federais, por exemplo, possuem o cargo de Publicitário. Já o Relações Públicas está presente em 34 das 63 instituições pesquisadas.Em relação aos jornalistas, há pelo menos um em cada universidade.

Apenas 11 universidades possuem os três profissionais (Jornalista, Relações Públicas e Publicitário) no quadro de servidores. Em quatro instituições a comunicação se restringe a somente um profissional (jornalista). A deficiência no quadro pode ser explicada pela possível existência de funcionários terceirizados ou de fundações que não foram objeto de análise nesta pesquisa. De qualquer forma os dados apontam para a necessidade de investimentos na área.

Federal do Ceará lidera no número de profissionais

A Universidade Federal do Ceará (UFC) é a instituição que possui mais profissionais das três áreas da comunicação analisadas na pesquisa com 29 profissionais, sendo 27 jornalistas, um relações públicas e um publicitário. Cabe ressaltar que neste número estão incluídos os servidores da UFCA, conforme explicado anteriormente. A Universidade de Brasília (UnB) e Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) contabilizam 24 profissionais. Completam a lista das cinco instituições com mais servidores efetivos na área de comunicação a Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), com 23, e Federal de Minas Gerais (UFMG), 22.

Quatro universidades possuem apenas um servidor de comunicação. Fazem parte desta lista as federais de Alfenas (Unifal), do Amapá (Unifap), do Sul e Sudeste do Pará (Unifesspa) e Rural de Pernambuco (UFRPE). Eles têm um jornalista no quadro funcional.

Setores de Comunicação

A pesquisa também identificou o perfil dos setores de comunicação. Foram coletadas informações nos sites institucionais e obtidos dados de 52 universidades federais.

A nomenclatura é o primeiro item destacado. A maioria, 47%, adota o termo “Assessoria de Comunicação”, no entanto, há diversidade de terminologias. Coordenação (19,6%) e Secretaria (11,7) e Diretoria (9,8%) são os termos mais utilizados.

Entre as chefias dos setores de comunicação há uma distribuição equivalente quando o assunto é o gênero. As mulheres representam uma pequena maioria com aproximadamente 51%. Em relação à carreira, a maioria dos líderes de equipe são professores (54,9%). Já entre os 41,1% dos técnicos que ocupam funções de chefia, os jornalistas são maioria. Acompanhe todos os dados nos gráficos abaixo.

 

Esta publicação encerra a série “Transparência, Informação e Comunicação das Universidades Federais” que foi disponibilizada conforme cronograma abaixo. Em breve será divulgado o e-book com os dados completos da pesquisa.

1) Audiência das Universidades Federais no Facebook (19/09)
2) Transparência – Ranking do Acesso à informação (20/09)
3) Audiência dos portais institucionais (21/09)
4) Caminho até os portais institucionais (22/09)
5) Os profissionais de comunicação nas universidades federais (23/09)

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Qual o voto do seu vizinho? Veja resultado do primeiro turno da eleição presidencial por bairro

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Você sabe como foram distribuídos os votos das eleições presidenciais em Uberlândia? Confira infográfico com a distribuição de votos por bairro na maior cidade do interior de Minas Gerais.

 

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Dados sobre a Raça / Etnia dos Servidores Públicos em Pauta

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Confira dados sobre os servidores públicos federais por instituição. A visualização foi criada a partir de pedido de informações via plataforma FALA.BR

 

Os dados são baseados nas informações contidas no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE) e foram tabulados pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).

 

 

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Cor, Raça e Remuneração no mundo do trabalho: realidade brasileira pelo olhar da RAIS

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Há distinção de remuneração salarial dos trabalhadores por conta da cor da pele? Os cargos com exigência de formação superior explicitam alguma diferenciação? E no mercado de Comunicação Social, informações de raça e cor influenciam no rendimento dos trabalhadores?

Para tentar responder estas questões é preciso “mergulhar” nos dados disponibilizados na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) que, por sua abrangência, é conhecido como o Censo do Mercado de Trabalho Brasileiro.

Entendendo a RAIS (e o CAGED)

É por meio da RAIS que o governo brasileiro obtém informações que visam auxiliar a gestão do setor do trabalho, realizar pagamento de abonos e calcular possíveis benefícios sociais.

Os dados disponibilizados na RAIS são fornecidos pelos empregadores a partir de cadastros individualizados dos trabalhadores. 

Informações relacionadas à ocupação, remuneração, faixa etária, localidade e formação são disponibilizadas publicamente, com periodicidade anual. 

Aliás, a periodicidade é um dos itens que diferenciam a RAIS de outro importante indicador do mercado de trabalho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

O CAGED é contabilizado diariamente e seus dados publicados mensalmente. Todas as contratações e demissões devem ser registradas pelos empregadores e servem de parâmetro para avaliação da economia brasileira.

Diferentemente da RAIS, quando todos os trabalhadores são incluídos, no CAGED os dados são restritos aos trabalhadores contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Cor/Raça e a remuneração dos trabalhadores brasileiros

Agora que entendemos um pouco sobre a RAIS, é preciso relacionar as informações disponibilizadas com as questões levantadas no início do texto.

Na pesquisa da RAIS os dados sobre etnia são apresentados no item “Cor/Raça”, com as seguintes opções de preenchimento:

  • Indígena – para a pessoa que se enquadrar como indígena ou índia.
  • Branca – para a pessoa que se enquadrar como branca.
  • Preta/negra – para a pessoa que se enquadrar como preta.
  • Amarela – para a pessoa que se enquadrar como de raça amarela (de origem japonesa, chinesa, coreana, etc.).
  • Parda – para a pessoa que se enquadrar como parda ou se declarar como mulata, cabocla, cafuza, mameluca ou mestiça de preto com pessoa de outra cor ou raça.
  • Não informado.

Considerando as cinco opções de cadastro (o que não inclui os não identificados), a média salarial dos trabalhadores que atuam no Brasil (incluindo os estrangeiros que laboram no país) é de R$ 2.566,45. No entanto, quando é realizada a distinção por Cor/Raça percebe-se que indígenas, pardos e pretos têm remuneração média inferior. Amarelos e brancos têm os maiores rendimentos médios.

Para cargos vinculados à direção a situação se mantém, inclusive com a ampliação das diferenças no quesito remuneração por Cor/Raça. Amarelos e Brancos recebem os maiores salários, e os brancos ocupam a maioria absoluta das vagas (79,69%). As pessoas pretas recebem, em média, o menor salário, e tem uma representação de apenas 1,95% dos cargos.

 

Já a remuneração para áreas específicas do setor de Comunicação que exigem formação superior, as pessoas brancas ocupam a maioria das vagas e média de remuneração acima de pessoas pardas e negras. Embora haja outras ocupações vinculadas à Comunicação cadastradas na RAIS, optei por apresentar quatro carreiras (Jornalista, Agente Publicitário, Relações Públicas e Repórter de Rádio e TV) para exemplificar como está o quadro de remuneração em relação à cor/raça dos trabalhadores.

[URIS id=2300]

Para finalizar, apresento um infográfico dinâmico que possibilita fazer outras pesquisas relacionadas à remuneração vinculadas à cor/raça. É possível verificar os dados de uma ocupação específica ou ainda acessar os dados gerais de remuneração de um município. É possível ir além, fazer comparativos por gênero, tipo de vínculo (CLT, Estatutário ou Temporário) ou natureza jurídica do empregador (poder execultivo, legislativo ou judiciário, por exemplo).

 

 

Vale resssaltar que a análise dos dados de cor/raça dos trabalhadores vinculados ao regime estatutário, notadamente no serviço público federal, estão prejudicados pela ausência de informação prestada pelos empregadores. É alto o índice de dados de etnia não informados, fato que esperamos não ocorrer na próxima publicação da RAIS (ano base 2020) que será divulgada em novembro de 2021.

Quer contribuir com a pesquisa? Ficou com alguma dúvida sobre a utilização do infográfico dinâmico? Encaminhe mensagem para [email protected] .

P.S: Os dados disponibilizados neste artigo são referentes à RAIS – Ano Base 2019 (divulgada em outubro de 2020).

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