Pesquisa
Caminhos até os portais das universidades federais

Origem da audiência é garantida pelos buscadores e acesso direto
O principal meio de comunicação das universidades federais é o portal eletrônico, a página institucional na internet. Essa constatação é pautada em algumas características como o maior alcance de público, o menor custo e ao crescente número de usuários da web, impulsionada, inclusive, pelos smartphones. Neste cenário, compreender o percurso do visitante do portal é fundamental para criar políticas e direcionar recursos para aprimorar as práticas de comunicação.
Assim, a quarta publicação da série “Transparência, Informação e Comunicação nas Universidades Federais” traz o caminho que o visitante percorre até chegar ao site institucional. Assim, algumas questões serão esclarecidas. Será possível avaliar em que medida as redes sociais geram acesso ao portal. Mensurar qual a contribuição dos buscadores, como o Google, na composição da audiência ou ainda verificar o quantitativo de usuários que acessam o site diretamente.
A pesquisa
Na pesquisa foram considerados seis caminhos para se chegar aos portais das universidades federais: 1) Buscadores: ou seja, o visitante chega até o portal por meio de links disponibilizados em sites como o google; 2) Acesso direto ao portal; 3) Links em outros sites ou blogs; 4) Redes Sociais; 5) E-mail; ou 6) Display: direcionamentos por meio de banners ou outras peças gráficas. Os dados foram obtidos pelo SimilarWeb e referem-se a agosto de 2016.
Considerando a média das 63 universidades federais, o principal mecanismo utilizado para se chegar às páginas institucionais são os buscadores, com 44%. O acesso direto representa 37,33% e links de outros sites ou blogs, 12,82%. As redes sociais obtiveram apenas 3,64%, seguida do e-mail com 2,19% e do display, 0,02%.
Buscadores
A audiência a partir de buscadores pode indicar a pesquisa por informações específicas das universidades ou ainda conteúdos exclusivos. Neste item a instituição que obteve mais destaque foi a Universidade do Rio de Janeiro (Unirio), com 66,84% do total dos acessos originados de sites como o Google ou Bing. Completam a lista das universidades com mais de 60% neste indicador,as federais Fluminense (UFF), 65,19%, do Rio Grande do Sul (UFRGS), 64,86%, de Juiz de Fora (UFJF), 61,23%, e de Pernambuco (UFPE), com 60,19%.
Acesso direto
Neste indicador a tendência é de utilização de visitantes recorrentes, que conhecem o portal ou site específico da universidade.A Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB), com 61,06% lidera neste quesito. As universidades federais de Itajubá (Unifei), 53,87%, e dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), com 50,29%, completam a lista que tem mais da metade da audiência via acesso direto.
Links em outros sites ou blogs
O terceiro formato mais utilizado para acessar os portais das universidades federais é o uso de links hospedados em outros sites e blogs. A Universidade Federal do Sul e Sudeste do Pará (UNIFESSPA) é a instituição que obteve, proporcionalmente, mais acessos via links, com 38,5%. Foi a única que ultrapassou a faixa dos 30% neste indicador.
Redes Sociais
É comum em planos de comunicação digital as redes sociais receberem atenção especial, principalmente pela capacidade de gerar interação com o público. No entanto, quando a análise é vinculada à geração de audiência para os portais institucionais das universidades federais o resultado não corresponde à expectativa.
Um indicativo que pode contribuir para entender o resultado é que a pesquisa considera todos os sites vinculados ao domínio da universidade. Assim, mesmo que o site de notícias da instituição, por exemplo, tenha número significativo de visitantes por meio das redes sociais, esse dado pode ser diluído perante a quantidade de outras páginas hospedadas. Neste contexto, os melhores índices de visitantes oriundos das redes sociais são de universidades criadas recentemente. A Universidade Federal do Cariri (UFCA) com 16% lidera a lista, seguida da Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA), 12,76%, da Federal do Sul da Bahia (UFSB), 8,77%, e Federal da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (Unilab), com 8,51%.
A pesquisa também apontou entre as redes sociais quais são mais utilizadas como meio para acessar os portais institucionais. Para todas as universidades federais o Facebook é o principal caminho para se chegar ao portal institucional, com quase 90%, Youtube e Twitter, respectivamente completam a lista das três mais acessadas.
Para quem acredita que o formato de comunicação via e-mail perdeu espaço, o resultado da pesquisa é um alento, com índice próximo ao alcançado pelas redes sociais. Os destaques neste meio de acesso aos sites das universidades são a federais do Maranhão (UFMA), 6,93%, do Recôncavo da Bahia (UFRB), 6,39%, e do Triângulo Mineiro (5%).
Esta publicação é a quarta da série “Transparência, Informação e Comunicação nas Universidades Federais”. Amanhã, 23/09, a última postagem, sobre os profissionais de comunicação.
1) Audiência das Universidades Federais no Facebook (19/09)
2) Transparência – Ranking do Acesso à informação (20/09)
3) Audiência dos portais institucionais (21/09)
4) Caminho até os portais institucionais (22/09)
5) Os profissionais de comunicação nas universidades federais (23/09)
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Cor, Raça e Remuneração no mundo do trabalho: realidade brasileira pelo olhar da RAIS

Há distinção de remuneração salarial dos trabalhadores por conta da cor da pele? Os cargos com exigência de formação superior explicitam alguma diferenciação? E no mercado de Comunicação Social, informações de raça e cor influenciam no rendimento dos trabalhadores?
Para tentar responder estas questões é preciso “mergulhar” nos dados disponibilizados na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) que, por sua abrangência, é conhecido como o Censo do Mercado de Trabalho Brasileiro.
Entendendo a RAIS (e o CAGED)
É por meio da RAIS que o governo brasileiro obtém informações que visam auxiliar a gestão do setor do trabalho, realizar pagamento de abonos e calcular possíveis benefícios sociais.
Os dados disponibilizados na RAIS são fornecidos pelos empregadores a partir de cadastros individualizados dos trabalhadores.
Informações relacionadas à ocupação, remuneração, faixa etária, localidade e formação são disponibilizadas publicamente, com periodicidade anual.
Aliás, a periodicidade é um dos itens que diferenciam a RAIS de outro importante indicador do mercado de trabalho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).
O CAGED é contabilizado diariamente e seus dados publicados mensalmente. Todas as contratações e demissões devem ser registradas pelos empregadores e servem de parâmetro para avaliação da economia brasileira.
Diferentemente da RAIS, quando todos os trabalhadores são incluídos, no CAGED os dados são restritos aos trabalhadores contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
Cor/Raça e a remuneração dos trabalhadores brasileiros
Agora que entendemos um pouco sobre a RAIS, é preciso relacionar as informações disponibilizadas com as questões levantadas no início do texto.
Na pesquisa da RAIS os dados sobre etnia são apresentados no item “Cor/Raça”, com as seguintes opções de preenchimento:
- Indígena – para a pessoa que se enquadrar como indígena ou índia.
- Branca – para a pessoa que se enquadrar como branca.
- Preta/negra – para a pessoa que se enquadrar como preta.
- Amarela – para a pessoa que se enquadrar como de raça amarela (de origem japonesa, chinesa, coreana, etc.).
- Parda – para a pessoa que se enquadrar como parda ou se declarar como mulata, cabocla, cafuza, mameluca ou mestiça de preto com pessoa de outra cor ou raça.
- Não informado.
Considerando as cinco opções de cadastro (o que não inclui os não identificados), a média salarial dos trabalhadores que atuam no Brasil (incluindo os estrangeiros que laboram no país) é de R$ 2.566,45. No entanto, quando é realizada a distinção por Cor/Raça percebe-se que indígenas, pardos e pretos têm remuneração média inferior. Amarelos e brancos têm os maiores rendimentos médios.
Para cargos vinculados à direção a situação se mantém, inclusive com a ampliação das diferenças no quesito remuneração por Cor/Raça. Amarelos e Brancos recebem os maiores salários, e os brancos ocupam a maioria absoluta das vagas (79,69%). As pessoas pretas recebem, em média, o menor salário, e tem uma representação de apenas 1,95% dos cargos.
Já a remuneração para áreas específicas do setor de Comunicação que exigem formação superior, as pessoas brancas ocupam a maioria das vagas e média de remuneração acima de pessoas pardas e negras. Embora haja outras ocupações vinculadas à Comunicação cadastradas na RAIS, optei por apresentar quatro carreiras (Jornalista, Agente Publicitário, Relações Públicas e Repórter de Rádio e TV) para exemplificar como está o quadro de remuneração em relação à cor/raça dos trabalhadores.
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Para finalizar, apresento um infográfico dinâmico que possibilita fazer outras pesquisas relacionadas à remuneração vinculadas à cor/raça. É possível verificar os dados de uma ocupação específica ou ainda acessar os dados gerais de remuneração de um município. É possível ir além, fazer comparativos por gênero, tipo de vínculo (CLT, Estatutário ou Temporário) ou natureza jurídica do empregador (poder execultivo, legislativo ou judiciário, por exemplo).
Vale resssaltar que a análise dos dados de cor/raça dos trabalhadores vinculados ao regime estatutário, notadamente no serviço público federal, estão prejudicados pela ausência de informação prestada pelos empregadores. É alto o índice de dados de etnia não informados, fato que esperamos não ocorrer na próxima publicação da RAIS (ano base 2020) que será divulgada em novembro de 2021.
Quer contribuir com a pesquisa? Ficou com alguma dúvida sobre a utilização do infográfico dinâmico? Encaminhe mensagem para [email protected] .
P.S: Os dados disponibilizados neste artigo são referentes à RAIS – Ano Base 2019 (divulgada em outubro de 2020).
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