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UFU nos rankings universitários: RUF, Guia do Estudante e outros

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Quer saber como a UFU está no Ranking Folha ou no Guia do Estudante? A posição da universidade nos Rankings Internacionais? As respostas estão nas próximas linhas





Como a UFU está no contexto das avaliações das instituições públicas e também nas pesquisas realizadas pelo Guia do estudante e Ranking Folha? Como as universidades brasileiras estão nos rankings mundiais?

Estas e outras perguntas foram objeto de pesquisa e os resultados estão publicados neste artigo. Originalmente este texto foi publicado  na edição 171 do Jornal da UFU, do mês de outubro de 2016. Mas aqui está uma versão ainda mais completa. Vamos à leitura.

UFU e o cenário dos rankings universitários





Os rankings universitários ganham destaque na mídia, estão estampados em capas de jornais e revistas, pautam jornalistas no rádio, TV e Web. Até mesmo os portais institucionais ressaltam os dados apresentados nos diversos comparativos organizados por empresas de consultorias, órgãos de imprensa ou até instituições vinculadas à educação.

Nos artigos acadêmicos, o tema também tem notoriedade, sendo tratado como referência para pesquisas relacionadas à qualidade do ensino superior.

Mas até que ponto os ranqueamentos representam com fidelidade a qualidade das Instituições de Ensino Superior (IES)?

UFU no comparativo nacional: Ranking Folha e Guia do Estudante

No Brasil, duas classificações são destacadas no quesito ranqueamento das instituições de ensino superior. O RUF – Ranking Universitário Folha, criado em 2012 pelo jornal Folha de S. Paulo, utiliza cinco critérios de avaliação:

  1. Ensino
  2. Pesquisa
  3. Mercado de trabalho
  4. Internacionalização
  5. Inovação

Assim como a maioria dos rankings internacionais, o RUF também mescla dados absolutos com entrevistas para fechar o indicador de cada universidade.

A outra classificação das universidades é mais tradicional. O Guia do Estudante, da Editora Abril, foi criado em 1984 e, desde 1988, traz a lista com as melhores instituições de ensino superior do país. O ranking é feito por meio de pesquisa com coordenadores e professores que avaliam os cursos considerando o número de estrelas

*** Três estrelas – BOM

**** Quatro estrelas: MUITO BOM

***** Cinco estrelas: EXCELENTE

A média de estrelas alcançada por curso define a posição no ranqueamento do Guia do Estudante. 

 




No vídeo acima é o debate sobre os Rankings Universitários produzido pela UNIVESP TV e com a participação da professora Elizabeth Balbachevsky, do Departamento de Ciência Política e do Núcleo de Pesquisas em Políticas Públicas (NUPPs) da USP, e a jornalista da Folha de S. Paulo Sabine Righetti, organizadora do RUF e professora da pós-graduação do Labjor/Unicamp. Elas foram entrevistadas por Ederson Granetto e Rodrigo Simon.

UFU no contexto geral das universidades

A Universidade Federal de Uberlândia (UFU) não aparece nas classificações internacionais que consideram fatores objetivos e pesquisa de opinião. Entre os ranqueamentos feitos no exterior, a UFU figura somente no Ranking Web of Universities, sobre a presença das instituições na internet, e no Scimago Institutions Ranking (SIR), que trata especificamente do alcance dos artigos científicos de cada IES.

 

ufu-guia-do-estudante-rufQuanto à presença na web, a UFU ocupa a 1.102ª posição no mundo e a 27ª entre as instituições brasileiras. Já na visibilidade dos artigos científicos, a UFU está em 609º entre todas as instituições e 37º considerando somente as IES brasileiras.

Nos rankings brasileiros atualizados em 2016, a UFU aparece entre as 30 melhores instituições. No RUF a posição é a 28ª e no Guia do Estudante, a 19ª.

A diretora de ensino da UFU, Geovana Melo, acredita que os dados apresentados nos diversos ranqueamentos devem ser considerados, principalmente, na comparação com outras instituições.

“Embora seja uma avaliação paralela às avaliações formais, realizadas pelo Ministério da Educação, apresentam contribuições importantes que nos levam a refletir sobre a posição da UFU no cenário das universidades federais brasileiras”, afirma.

Para o professor Antônio Bosco de Lima, que ministra aulas na UFU na área de políticas e gestão da educação, é necessário um olhar apurado em relação aos rankings universitários.

“Parece ser excelente esta sistemática, entretanto, tal apontamento para a exteriorização das IES desconsidera a internalização delas, ou seja, as políticas extensionistas. A relação escola-comunidade e os produtos sociais da universidade não são absorvidos pelo ranqueamento”, analisa.

Leia também artigo sobre a Plataforma Lattes

Lista das universidades com mais audiência no Facebook




UFU e os rankings internacionais

O Jornal da UFU apurou que há pelo menos seis rankings internacionais e outros dois voltados somente para instituições brasileiras.

A classificação em cada um dos ranqueamentos é específica e com diversidade de critérios com  parâmetros objetivos e subjetivos:

  • Indicadores Objetivos: quantidade de cursos, formação dos professores ou número de artigos publicados em determinadas publicações científicas
  • Indicadores subjetivos:  baseados em pesquisas de opinião.

Confira lista com os Rankings internacionais:

  1. Times Higher Education (THE) Acesse aqui
  2. QS World University Rankings Acesse aqui
  3. Center for World University Rankings (CWUR) Acesse aqui
  4. Academic Ranking of World Universities (ARWU)  Acesse aqui
  5. Ranking Web of Universities Acesse aqui
  6. Scimago Institutions Ranking (SIR) Acesse aqui

     

    Conheça o formato de pesquisa de cada Ranking

O Times Higher Education (THE), ranking organizado pela revista britânica Times, classificou 980 instituições de 79 países utilizando como medida dados relacionados a ensino, pesquisa, internacionalização, inovação e reputação.

A classificação criada pela empresa de consultoria norte-americana Quacquarelli Symonds, o QS World University Rankings, vai no mesmo caminho. Utiliza quatro frentes para classificar as instituições (pesquisa, ensino, empregabilidade e internacionalização) e adota pesquisas de opinião e dados relacionados à produção acadêmica para ordenar as universidades e faculdades.

Para o Center for World University Rankings (CWUR), classificação organizada por uma empresa de consultoria da Arábia Saudita. O prestígio de professores e estudantes aliado à quantidade de publicações em periódicos de referência são fatores cruciais para o ranqueamento.

Já a Universidade de Shangai, na China, publica o Academic Ranking of World Universities (ARWU), com as 500 melhores universidades. A lista é definida utilizando como critérios a notoriedade alcançada por ex-alunos, como no Prêmio Nobel, e a qualidade das publicações científicas, referendadas por periódicos reconhecidos na comunidade acadêmica.

Há classificações que buscam aprofundar em nichos para realizar o ranqueamento. A presença das universidades na internet é o foco do Ranking Web of Universities, organizado pelo Laboratorio de Cibermetría do Consejo Superior de Investigaciones Científicas (CISC), da Espanha. É o único que afirma classificar todas as universidades do mundo – cerca de 12 mil instituições.

Leia também: Ranking do Acesso à Informação das Universidades

Pesquisa sobre audiência das universidades na internet

Outro exemplo de ranqueamento fundamentado em apenas uma temática é do Scimago Institutions Ranking (SIR), da Universidade de Granada, também da Espanha O SIR considera a publicação de artigos para a classificação das universidades.



Avaliação do MEC

Em meio à diversidade de classificações há dados oficiais que mensuram a qualidade do ensino superior brasileiro. O Índice Geral de Cursos (IGC), criado em 2007 pelo Ministério da Educação (MEC), nasceu com o intuito de disseminar informações sobre a situação de cada Instituição de Ensino Superior (IES).

O cálculo é feito a partir dos dados dos cursos de graduação obtidos no Censo da Educação Superior, da média ponderada das notas contínuas de Conceitos Preliminares de Curso (CPC) e da avaliação dos cursos de pós-graduação realizados pela Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

No levantamento publicado pelo MEC, com dados de 2014, foram avaliadas 228 instituições de ensino superior. A classificação é feita a partir de atribuição de notas de 1 a 5.

UFU na avaliação do MEC

A maioria das IES, 60%, recebeu nota 3 ou desempenho satisfatório. Um terço das instituições (33,3%) foi avaliado com nota 4. Uma minoria (5,7%) recebeu o conceito máximo, nota 5, e menos de 1% das instituições recebeu foi atribuída nota 2.

Na mensuração realizada pelo MEC, a UFU ocupa a 24ª posição, com conceito 4. O processo de avaliação é acompanhado pela universidade e contribui para o aprimoramento das ações.

“As orientações são feitas diretamente aos coordenadores dos cursos de graduação, juntamente com os membros do Núcleo Docente Estruturante (NDE). Refletimos sobre os resultados obtidos pelos cursos e discutimos encaminhamentos necessários. Assim podemos  avaliar a necessidade de revisão do Projeto Pedagógico do Curso (PPC), o perfil do egresso, princípios formativos, objetivos do curso e matriz curricular, tendo em vista a melhoria da qualidade da formação oferecida”, explica a diretora de ensino Geovana Melo.

Os resultados apresentados neste artigo demonstram que a UFU tem um longo caminho a percorrer rumo à excelência e à internacionalização. Monitorar os caminhos da universidade, acompanhando o RUF , as publicações do Guia do Estudante e outras classificações nacionais e internacionais é um dos caminhos para a constante busca de aprimoramento.  

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Qual o voto do seu vizinho? Veja resultado do primeiro turno da eleição presidencial por bairro

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Você sabe como foram distribuídos os votos das eleições presidenciais em Uberlândia? Confira infográfico com a distribuição de votos por bairro na maior cidade do interior de Minas Gerais.

 

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Dados sobre a Raça / Etnia dos Servidores Públicos em Pauta

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Confira dados sobre os servidores públicos federais por instituição. A visualização foi criada a partir de pedido de informações via plataforma FALA.BR

 

Os dados são baseados nas informações contidas no Sistema Integrado de Administração de Recursos Humanos (SIAPE) e foram tabulados pela Escola Nacional de Administração Pública (ENAP).

 

 

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Cor, Raça e Remuneração no mundo do trabalho: realidade brasileira pelo olhar da RAIS

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Há distinção de remuneração salarial dos trabalhadores por conta da cor da pele? Os cargos com exigência de formação superior explicitam alguma diferenciação? E no mercado de Comunicação Social, informações de raça e cor influenciam no rendimento dos trabalhadores?

Para tentar responder estas questões é preciso “mergulhar” nos dados disponibilizados na Relação Anual de Informações Sociais (RAIS) que, por sua abrangência, é conhecido como o Censo do Mercado de Trabalho Brasileiro.

Entendendo a RAIS (e o CAGED)

É por meio da RAIS que o governo brasileiro obtém informações que visam auxiliar a gestão do setor do trabalho, realizar pagamento de abonos e calcular possíveis benefícios sociais.

Os dados disponibilizados na RAIS são fornecidos pelos empregadores a partir de cadastros individualizados dos trabalhadores. 

Informações relacionadas à ocupação, remuneração, faixa etária, localidade e formação são disponibilizadas publicamente, com periodicidade anual. 

Aliás, a periodicidade é um dos itens que diferenciam a RAIS de outro importante indicador do mercado de trabalho, o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED).

O CAGED é contabilizado diariamente e seus dados publicados mensalmente. Todas as contratações e demissões devem ser registradas pelos empregadores e servem de parâmetro para avaliação da economia brasileira.

Diferentemente da RAIS, quando todos os trabalhadores são incluídos, no CAGED os dados são restritos aos trabalhadores contratados sob o regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Cor/Raça e a remuneração dos trabalhadores brasileiros

Agora que entendemos um pouco sobre a RAIS, é preciso relacionar as informações disponibilizadas com as questões levantadas no início do texto.

Na pesquisa da RAIS os dados sobre etnia são apresentados no item “Cor/Raça”, com as seguintes opções de preenchimento:

  • Indígena – para a pessoa que se enquadrar como indígena ou índia.
  • Branca – para a pessoa que se enquadrar como branca.
  • Preta/negra – para a pessoa que se enquadrar como preta.
  • Amarela – para a pessoa que se enquadrar como de raça amarela (de origem japonesa, chinesa, coreana, etc.).
  • Parda – para a pessoa que se enquadrar como parda ou se declarar como mulata, cabocla, cafuza, mameluca ou mestiça de preto com pessoa de outra cor ou raça.
  • Não informado.

Considerando as cinco opções de cadastro (o que não inclui os não identificados), a média salarial dos trabalhadores que atuam no Brasil (incluindo os estrangeiros que laboram no país) é de R$ 2.566,45. No entanto, quando é realizada a distinção por Cor/Raça percebe-se que indígenas, pardos e pretos têm remuneração média inferior. Amarelos e brancos têm os maiores rendimentos médios.

Para cargos vinculados à direção a situação se mantém, inclusive com a ampliação das diferenças no quesito remuneração por Cor/Raça. Amarelos e Brancos recebem os maiores salários, e os brancos ocupam a maioria absoluta das vagas (79,69%). As pessoas pretas recebem, em média, o menor salário, e tem uma representação de apenas 1,95% dos cargos.

 

Já a remuneração para áreas específicas do setor de Comunicação que exigem formação superior, as pessoas brancas ocupam a maioria das vagas e média de remuneração acima de pessoas pardas e negras. Embora haja outras ocupações vinculadas à Comunicação cadastradas na RAIS, optei por apresentar quatro carreiras (Jornalista, Agente Publicitário, Relações Públicas e Repórter de Rádio e TV) para exemplificar como está o quadro de remuneração em relação à cor/raça dos trabalhadores.

[URIS id=2300]

Para finalizar, apresento um infográfico dinâmico que possibilita fazer outras pesquisas relacionadas à remuneração vinculadas à cor/raça. É possível verificar os dados de uma ocupação específica ou ainda acessar os dados gerais de remuneração de um município. É possível ir além, fazer comparativos por gênero, tipo de vínculo (CLT, Estatutário ou Temporário) ou natureza jurídica do empregador (poder execultivo, legislativo ou judiciário, por exemplo).

 

 

Vale resssaltar que a análise dos dados de cor/raça dos trabalhadores vinculados ao regime estatutário, notadamente no serviço público federal, estão prejudicados pela ausência de informação prestada pelos empregadores. É alto o índice de dados de etnia não informados, fato que esperamos não ocorrer na próxima publicação da RAIS (ano base 2020) que será divulgada em novembro de 2021.

Quer contribuir com a pesquisa? Ficou com alguma dúvida sobre a utilização do infográfico dinâmico? Encaminhe mensagem para [email protected] .

P.S: Os dados disponibilizados neste artigo são referentes à RAIS – Ano Base 2019 (divulgada em outubro de 2020).

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